A casa é o terreno em si. O lote já conta com sua própria geometria, criada por uma inclinação de cerca de três metros. Possui uma trajetória ideal, eleva-se por cima do solo e visualmente parece subir por cima do mar seguindo o perímetro do sítio. Esta forma em zigue-zague é a gramática do projeto.
A fim de dar uma forma à inclinação, o sítio foi redesenhado com planos oblíquos conectados linearmente e seguindo o eixo de orientação das curvas dos distintos níveis. Em seguida, o volume da casa foi inserido, como se fosse uma nova linha adicional. A cobertura é o elemento chave para a definição da fratura entre os planos do terreno e os da casa. O teto define tanto o espaço interno da casa, como as diferentes inclinações, incluso na seção transversal.
A continuação da topografia da casa pode ser vista a partir do interior, e o dormitório possui uma grande janela que conecta visualmente os jardins em vários níveis, bem como as duas extremidades da malha. O terreno começa como uma incisão no terreno para esculpir a área de serviço e garagem, e depois, pouco a pouco, se curva por níveis para obter acesso à sala de estar, e então reemergir no ziguezague dos blocos construído em dois níveis com vista para o mar.
As atividades diárias acontecem em um ambiente único, articulado por sua topografia e sua planta baixa. Os elementos verticais de conexão consistem na rampa externa (teto) e uma escada entre as paredes dos espaços íntimos. Isto também vincula os dormitórios das crianças com a zona privada de seus pais.
No segundo pavimento, estão os espaços de dormitórios e áreas de serviços. Um pátio interno atua como um intermediador, uma abertura no teto, que separa a zona da residência do espaço da clínica do cliente, que conta com uma entrada independente.